A inovação com base no conhecimento

Segundo dados do Banco Internacional do Desenvolvimento, o Brasil lidera o ranking da inovação tecnológica na América Latina, à frente inclusive do Chile. Porém, poucas empresas brasileiras – não importa o porte – investem em inovação. O grande motivo da falta de empenho dos empresários nesse quesito é a burocracia: embora existam programas do governo que incentivem a busca por formas de inovar, muitas companhias não atendem aos pré-requisitos e acabam desistindo do crédito.

Tanto o governo quanto a iniciativa privada têm responsabilidade nesse quadro. Apenas 0,59% do PIB brasileiro é destinado para a área de pesquisa e desenvolvimento. O setor empresarial investe somente 0,5% do seu faturamento em P&D, montante irrisório se considerarmos que, nos países de primeiro mundo, as empresas chegam a investir 70% de todo seu lucro em P&D.

Um dos maiores gargalos para a inovação tecnológica no Brasil é a falta de pessoas preparadas para inovar, sobretudo porque as próprias empresas não estimulam a criatividade. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae-SP, envolvendo 450 empresas pequenas e médias, indicou que, em 90% delas, só os sócios identificam novas oportunidades. Somente 9% dessas companhias oferecem prêmios para estimular as ideias dos colaboradores. Esses dados só reforçam a tese de que poucas empresas enxergam a inovação como um meio de incrementar a lucratividade e de avançar em novos mercados.

Isso vai de encontro aos objetivos de negócios estipulados na maioria das organizações, uma vez que todas querem se posicionar como inovadoras. Mas grande parte só visa a lucros e à redução de custos, esquecendo-se de que a base da inovação está no conhecimento, na valorização das idéias e na qualidade do ambiente oferecido aos colaboradores. Sem essa base, torna-se impossível o sonho de alcançar resultados aliados à sustentabilidade.

Também é importante que as empresas tenham sempre em mente que não existe inovação sem conhecimento, pois ninguém inova em algo que não conhece. Portanto é fundamental que as companhias mapeiem seus estoques de conhecimento, criando mecanismos de captura e retenção desse conhecimento.  Com isso, fica mais fácil utilizar de forma acertiva o ativo intelectual, gerando inovação de forma mais produtiva, envolvendo as pessoas que fazem diferença em determinado assunto.

Um outro ponto a se considerar é a chegada da Geração Y aos cargos estratégicos. Trata-se de uma garotada altamente conectada, antenada a tudo o que é novo e que representa uma excelente fonte de inovação. Esses jovens têm ânsia de aprender, não gostam de hierarquia e adoram trabalhar em equipe.

Sedento por conhecimento e ascensão, o funcionário Y é um questionador nato que interage, compete, fornece e exige feedbacks rápidos. Por isso preza tanto a colaboração e a troca de experiências. Mas há um detalhe: apesar de trazer uma bagagem intelectualmente tecnológica de peso, não é regra que seja capaz de expor esse conhecimento por meio de uma conversa, principalmente com a “velha guarda”. Tão focado em tecnologias e tendências, às vezes exprime melhor suas ideias por meio de comunidades e fóruns de debates virtuais, os quais domina com maestria.

O grande desafio será potencializar essa meninada, trabalhando a gestão da empresa a partir de conceitos da Web 2.0. Apesar de ainda haver questionamentos sobre esse tipo de inovação aberta e acessível, ela já pode ser considerada uma questão de sobrevivência para organizações de sucesso. Na Braskem, por exemplo, 25% dos pesquisadores são colaboradores externos; na Procter e Gamble, 50% dos produtos são desenvolvidos com base em co-criação; e na Natura, 50 a cada 100 projetos em curso são feitos em rede. Estas, sim, estão indo além dos muros, reduzindo time-to-market e custos.

A inovação com base no conhecimento é uma barreira difícil de ser ultrapassada, mas imprescindível para as empresas que desejam alcançar competitividade e desenvolvimento sustentado. Está mais do que provado que os investimentos assertivos em inovação refletem na produtividade da equipe, na maneira como os colaboradores pensam e, conseqüentemente, na criação de oportunidades de negócios. E quando é assim, todos saem ganhando: empresa e funcionários.

Autor: Sergio Cochela é CEO da Nous Software

BABOK em Português

O Guia Babok (Business Analysis Body of Knowledge) foi traduzido para o português.

O texto é uma base de conhecimentos estabelece um padrão para os conceitos, tarefas, técnicas e competências que fundamentam a disciplina de análise de negócios.

A tradução feita por 16 voluntários do capítulo de São Paulo do International Institute of Business Analysis (IIBA) é a segunda já feita no mundo, seguida apenas da japonesa.

“Mais do que uma simples tradução, este lançamento possibilita o acesso de todo o mercado de língua portuguesa ao que hoje pode ser considerado a Bíblia da Análise de Negócios”, detalha Suzandeise Thomé, presidente do IIBA Capítulo São Paulo.

Aproveite essa importante publicação para tornar os termos da análise de negócios padronizados em sua organização e no mercado nacional. Acesse, leia e divulgue os links abaixo:

Com a tradução, o IIBA espera aumentar o número de profissionais certificados no Brasil, pois contamos apenas com quatro profissionais CBAP.  O exame de certificação CBAP segue sendo aplicado somente em inglês. Com o aumento da procura, a expectativa é que futuramente o exame também possa ser realizado em português.

Arquitetura Empresarial

A Arquitetura Empresarial, comum entre as corporações americanas, é a prática de aplicar métodos e técnicas no processo organizacional corporativo a fim de traçar otimização de negócios. Por se mostrar eficaz em gerenciamento de empresas, a prática da Arquitetura Empresarial (AE) ganhou a curiosidade do mercado brasileiro, mas o mesmo não possui profissionais dessa prática.

Para suprir essa carência a Petrobrás junto ao Governo Federal e empresas parceiras, promoverá no Rio de Janeiro (RJ) entre os dias 13, 14 e 15 de Abril o 1º Congresso Internacional sobre Arquiteturas Empresariais. Voltado para o ambiente business o Congresso contará com palestras, ‘mesas redondas’, coaching’s e discussões sobre como estruturar corporações.

Mais informações:  http://www.congresso-ae.com.br/index.php

A nova ordem da TI

Em artigo, *Maria Paula Menezes fala sobre mudança de comportamento do profissional de TI

TI e seu futuro. Um assunto que tanto desafia gestores e profissionais de uma área que, ao longo dos últimos anos, tem passado por mudanças e optado por direções por vezes questionadas, postergadas, desacreditadas. Hoje sim, passa a ter uma perspectiva antes vista até com conceitos utópicos; uma realidade que depende de visão aliada à flexibilidade. Visão dos profissionais, das empresas, dos usuários. Ou seja, o conjunto de ideias e valores que geram uma ordem inovadora. Flexibilidade em entender, apostar e acreditar que esta mesma ordem realmente pode acontecer – aí sim chegamos ao grande desafio a ser vencido.

Mas, por que essa mudança de comportamento é tão necessária e demanda tanto esforço para acontecer? Posso dar um exemplo simples. Há vinte anos, a maioria dos profissionais não tinha idéia do que era internet. Registros eram impressos, relatórios feitos à mão. A TI engatinhava enquanto as outras áreas já tinham suas estruturas formadas há anos. Estávamos em uma era analógica e as coisas funcionavam. A novidade era difícil de ser aceita.

Porém, jovens analíticos e visionários encontraram sua fatia da torta e essa história só está começando – hoje quem não tem banda larga em casa, iPad e perfil no Facebook em muitos lugares é um ser de outro planeta. A TI foi tão rápida e passou a ser necessária de uma forma que mesmo quem trabalha com isso às vezes não parou para pensar na velocidade e eficiência fora do comum que mudaram o mundo e a maneira como vivemos. A TI chegou sem bater à porta e passou como um trem, atropelando tudo o que conhecíamos até então.

Nos últimos anos, uma grande tendência para os investimentos de TI era a redução de custos das empresas e diminuição de riscos. O foco em ROI por vezes passou a chamar a atenção de investidores para mais geração de receita – que, em muitos momentos, acabava sendo reaplicada em outras áreas. Missão de TI? Reduzir, enxugar, suportar. O operacional sem estratégia; as entregas sem planejamento; nada disso tinha problema, contanto que TI continuasse a resolver no curto prazo.

Porém, hoje é possível observar uma transição real e que já começa a surtir efeitos. As lideranças de TI e CIOs estão mais suscetíveis a mirar os investimentos no resultado final. Ou seja, a tendência da indústria de TI que, segundo previsões de especialistas do setor, deve movimentar cifras da ordem de US$ 2,5 trilhões em 2011, é correr riscos e apostar em investimentos que gerem valor agregado aos clientes.
Por isso, é fato que em algum momento os CIOs e líderes de TI terão que ser capazes de fazer suas empresas entenderem que a tecnologia é um caminho a ser seguido – e que a opção por postergar investimentos e a adiar a inclusão de Tecnologia em suas áreas estratégicas será duramente impactante para suas companhias. Ao mesmo tempo, estes líderes também precisarão ter talento suficiente para treinar suas equipes a pensar como executivos de negócios, focando em oportunidades para gerar valores e deixando de lado os perfis unicamente técnicos e especialistas que respiram exatas e não conhecem a fundo o que suas empresas fazem ou onde elas querem chegar. A inovação será outra vez imprescindível, tanto tecnológica como conceitual. Será preciso quebrar mais essa barreira.

O perfil comportamental dos profissionais com potencial para suprir esta nova ordem da TI tem características que instigam criatividade e disciplina – opostos que, quando usados em harmonia, são receita de sucesso. A capacidade de persuasão e jogo de cintura chegam a ser muitas vezes uma novidade (e também um desafio) em um mundo de técnicos e analíticos, onde os seus pontos fortes nunca foram comunicação e relacionamento, salvo raras exceções.

Empresas que entendem que inovação e investimento em TI são realmente necessários, hoje buscam perfis com bons conhecimentos de gestão de equipes, administração de finanças, operações, gerenciamento de projetos e serviços. Características como saber lidar com mudanças e manter uma busca incessante por experimentar novos caminhos já são peças fundamentais neste sentido; possuir um sólido network e ter habilidade para negociar com clientes, parceiros e fornecedores também são diferenciais em processos de seleção e que servem de exemplo para os próximos líderes em formação.

Por isso, os profissionais de TI precisam estar empenhados em experimentar novas ideias, trabalhar no desenvolvimento de produtos e buscar maneiras de gerar mais valor e satisfação diretamente aos clientes internos e externos – às vezes antes mesmo de calcular o real custo de se colocar uma iniciativa em prática. Muitos gestores que planejaram sua estruturas primeiro precisaram pensar no conceito e em sua aplicação bem antes de orçar ou avaliar sua viabilidade financeira. Simplesmente porque, se não tivessem budget suficiente, haveria a possibilidade de flexibilização – e muitos deles chegaram a um consenso que atendeu, mesmo que parcialmente, ao projeto inicial e que já ajuda a construir este longo prazo; mas o primeiro passo já foi dado.

O cenário tem perspectivas bem motivadoras – tanto para empresas como para profissionais. E é preciso que todos estejam com energia alta para enfrentar os desafios que estão por vir. Um fator que é bastante requisitado pelas empresas hoje é que os profissionais tenham brilho nos olhos. Isso é o primeiro passo para uma carreira interessante: gostar do que se faz e entender desafios de forma positiva, querer vencer barreiras, ir além. Ter vontade de vestir a camisa da empresa e saber que os valores da organização andam de mãos dadas com seus valores pessoais.  E são exatamente estes mesmos olhos brilhantes e motivados que passarão a ter a tão esperada visão da inovação, finalmente aliando-se à flexibilidade da nova ordem da TI.

*Autora: Maria Paula Menezes é especialista em recrutamento da divisão de Tecnologia da Robert Half

Publicação: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75281

Bem-vindo à era do Business Analytics (BA)

Faz algum tempo que os softwares de análise ganharam destaque no mercado corporativo. Ano após ano, as ferramentas de Business Intelligence (BI) vêm aparecendo com destaque nas listas de prioridades dos CIOs divulgadas por organizações de estudo de mercado e consultorias globais como Gartner, IDC e Forrester. No radar das empresas está o poder que essas soluções têm de desenhar cenários e auxiliar o processo de tomada de decisão.

Com o passar do tempo, o avanço das redes sociais e a montanha de informações provenientes de diversas fontes fizeram com que os dados localizados nos servidores das empresas já não fossem mais suficientes para elaborar análises que, de fato, proporcionassem diferenciais competitivos. E as informações do passado, oferecidas pelo BI, passaram a não ser mais suficientes. É necessário ter dados colhidos e analisados em tempo real, que gerem informações preditivas com base em modelos matemáticos e estatísticos altamente sofisticados. Esse tipo de informação já começa a ser encarada como a única capaz de auxiliar a tomada de decisão na velocidade que o mercado pede. Nasce aí o conceito de BA (Business Analytics). No Brasil, uma realidade ainda distante – já que aqui a maioria das empresas continua às voltas com a implantação de projetos tradicionais de business intelligence, que demandaram investimentos vultosos e só agora começam a dar os primeiros resultados – mas que também começa a se impor.

Falar em análises preditivas de negócios já não causa estranhamento e ceticismo nas empresas brasileiras. Algumas até começam a arriscar os primeiros passos. Em especial, aquelas que ainda não implantaram BI.

“Ter um roadmap para adoção de BA é algo que, mais dia, menos dia, entrará no radar dos líderes de TI”, afirma o sóciodiretor da TGT Consult, Pedro Bicudo.

O problema, para Bicudo, é que a maioria das organizações não sabe lidar com arquitetura da informação. “Não adianta investir em soluções sofisticadas sem se preocupar em buscar excelência na área de arquitetura, em zelar pela qualidade da informação”, diz Bicudo. Em outras palavras: alimentar o BI e o BA com uma boa base de dados padronizados, bem estruturados, tomando como parâmetro as respostas que a empresa procura. A formação e a organização dessa base de dados é a parte mais importante do processo de implantação. Para entender um pouco o que se pode obter com BA, basta olhar para os setores que têm a tecnologia no DNA dos negócios e possuem um histórico de pioneirismo na adoção de ferramentas inovadoras. Na área financeira, por exemplo, é perceptível a forma como seguradoras e bancos conseguem informações em tempo real para estabelecer valores de apólices, limites de crédito e até identificar padrões de comportamento que poderiam estar relacionados a fraudes.

O que essas companhias fazem? Estruturam bem seus dados, compartilham bases com outras empresas e não perdem a oportunidade de obter informações. Além disso, possuem formas estruturadas de recolher indicadores de mercado e fatores de mudança em tempo real para adaptar melhor seus produtos às condições do mercado. Não é à toa que o crédito disponível na conta bancária das pessoas físicas varia diariamente, assim como as cotações de preços de seguros diversos.

Como iniciar

Uma boa forma de começar sem pensar em grandes investimentos iniciais é procurar por serviços analíticos. Realizados por empresas com expertise tecnológica e orientadas a trabalhar de acordo com objetivos de negócios, pode ser uma opção. “O tipo de informação que pode ser comprada sob demanda é aquela associada a uma meta de negócios muito específica, na qual é necessário ‘espremer’ uma grande quantidade de dados para se chegar a alguma análise”, avalia Pedro Bicudo. “O interessante, nesse caso, é que não é necessário manter matemáticos e especialistas em algoritmos dentro de casa, o que costuma sair muito caro”, completa. É, sem dúvida, um dos caminhos mais adequados para pequenas e médias empresas sem poder de investimento para manutenção de soluções preditivas in house, com o alto grau de sofisticação que a tecnologia hoje permite. Mas, entre as grandes corporações, há resistências.

A grande barreira é cultural, já que essas empresas não gostam muito de ver suas informações circularem fora de suas paredes. Além disso, existe aquela percepção de que, já que as informações estão dentro do próprio data center, o melhor seria realmente fazer em casa. De acordo com Daniel Lázaro, líder de serviços de gerenciamento de informação para América Latina da Accenture, as iniciativas mais bem-sucedidas são feitas de forma bem localizadas, pensando na solução de algum problema de negócio. A metodologia proposta pelo executivo começa com um diagnóstico da situação atual, do valor que uma análise aprofundada pode gerar, dos tipos de tecnologias necessárias in house, para só depois partir para alguma execução. Para Lázaro, iniciar com análises bem pontuais, para depois espalhar isso para o resto da organização, se mostra muito viável à medida que permite o que o executivo chama de “pensar grande, começar pequeno e evoluir rápido”.

Kátia Vaskys, líder da área de consultoria em business analytics da IBM Brasil, concorda que o ponto de partida é sempre o negócio em si, em função de uma meta específica. A chave, segundo a executiva, é ter planejamento e entender que tipo de informação pode realmente ajudar a provocar mudanças positivas.

“O grande erro cometido por muitas organizações é pensar em soluções e infraestrutura para abrigar essas soluções, sem o mínimo alinhamento com objetivos do negócio”. Deve-se levar em conta que, para objetivos diferentes, as necessidades mudam. A estruturação de informações necessárias para se conhecer mais profundamente o cliente da companhia e aumentar a receita extraída de cada um é diferente da que seria necessária para aumentar a penetração no mercado em regiões diferentes, por exemplo. Por isso, a tecnologia, por si só, não resolve.

Mídia social

O fato de as discussões acerca de Business Analytics terem avançado deve-se muito à expansão das redes sociais e ao mar de informações que o uso intensivo dessas ferramentas acaba gerando. Com informações mais evidentes, as companhias passaram a perceber que poderiam reduzir muito o tempo para entender o retorno de algumas ações. Os primeiros sinais de alerta vieram das áreas de marketing e de relacionamento com o cliente.

O vice-presidente sênior e principal executivo de marketing da companhia de soluções analíticas SAS, Jim Davis, dá um exemplo: recentemente, a marca de vestuário GAP resolveu mudar sua logomarca. Não demorou muito para descobrir que ela estava sendo criticada nas redes sociais. O resultado foi a volta para a logomarca anterior, buscando restabelecer o vínculo com os clientes. Segundo Davis, a companhia não tinha uma forma estruturada de analisar as redes, mas nesse caso a repercussão foi muito óbvia. “Se as redes não existissem, provavelmente a empresa teria contratado uma agência para realizar pesquisas e descobrir, depois de doze meses sendo mal falada nos círculos sociais, que o seu novo logo era odiado.”

Ocorre que nem todos os movimentos das redes sociais fica tão evidente quanto nesse caso específico da GAP, marca de projeção mundial. A própria SAS anunciou, recentemente, uma ferramenta para Twitter que identifica postagens em tempo real e avalia quais têm potencial de influenciar toda a rede. A meta é permitir que as organizações respondam mais rapidamente a questões relacionadas a sua marca.

Segundo a SAS, o grande trunfo do software está no fato de reconhecer o nível de influência de um usuário do Twitter medindo volume de conteúdo criado e a frequência com a qual ele interage com outros usuários. Assim, o conteúdo é classificado de acordo com uma lista de tópicos para determinar com qual área da companhia ele está alinhado, como relacionamento com cliente, relações públicas e controle de qualidade. O lançamento será em janeiro de 2011. A IBM, por meio de sua divisão Business Analytics Optimization (BAO), também já trabalha em tecnologias parecidas. Segundo declarações recentes de executivos da companhia, a promessa é lançar soluções para redes sociais e para a internet, como um todo, com capacidade de analisar imagens e textos de forma mais precisa, de um jeito mais parecido com o que hoje se faz com números.

Pedro Bicudo classifica esse novo paradigma com a frase “a internet é o banco de dados”, parafraseando aquele slogan visionário da Sun, dos anos 90, que já adiantava que “a rede é o computador”, referindo-se a conceitos mais modernos de infraestrutura.

Hoje, a computação em nuvem já deixou de ser tendência e consolidou-se como um conceito que em breve será o dominante. Talvez o mesmo aconteça no campo dos softwares analíticos. Resta aos líderes de TI apostar em um planejamento para tirar proveito do que já está disponível hoje e observar de perto o desenvolvimento da indústria para identificar rapidamente o que será capaz de trazer diferenciais competitivos.

Fonte: ComputerWorld – http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/12/15/bem-vindo-a-era-do-business-analytics-ou-ba/paginador/pagina_2

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