TJRO e Emeron realizam palestra sobre Governança de TI

TJRO e Emeron realizam palestra sobre Governança de TI

O Tribunal de Justiça de Rondônia, em parceria com Escola de Magistratura (Emeron) realizou na última sexta-feira (27/11), palestra com o objetivo de apresentar a Governança de TI como elemento fundamental para a otimização de recursos financeiros e controle interno, em conformidade com o Conselho Nacional de Justiça.

Determinadas pelo CNJ como algumas das atividades prioritárias da tecnologia de informação e comunicação (TIC) dos tribunais, a governança e a gestão demandam o desenvolvimento de competências e habilidades estratégicas para os profissionais da área responsáveis pelo planejamento, implantação, controle e monitoramento de programas e projetos de governança e gestão.

O presidente do comitê de gestão de TIC em Rondônia, desembargador Alexandre Miguel, agradeceu aos profissionais da área de TI do TJRO, que vêm trabalhando com afinco, mesmo no final de gestão. “A vinda do professor Uires Tapajós, palestrante do curso, demonstra que embora estejamos terminando um ciclo de gestão, estamos trabalhando como se fosse o primeiro dia”.
Para o palestrante, Uires Tapajós, governança quer dizer cuidar daquilo que não é nosso, dar transparência naquilo com que se trabalha, ou seja, um tema muito delicado e difícil de trabalhar, pois estamos em um País onde sempre tem alguém burlando o sistema. Tapajós afirmou ainda que “Governança é formalizar tudo o que acontece em uma empresa, vem para controlar”.

Minicurrículo do Palestrante
Mestrando em Engenharia de Software no Instituto de pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Tapajós é especialista em Estratégias pela Fundação Getúlio Vargas. Possui as certificações: CGEIT (Certified in the Governance of Enterprise Information Technology), Auditor Interno de treinamento ISSO 20000, ITIL Foundation (v2 e v3), e Cobit Foundation. Tem experiência em consultoria e implementação das melhores práticas em empresas privadas e instituições públicas. Atua como instrutor oficial em ITIL, credenciado pelo EXIN e a itPreneurs.

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Fonte: TJRO Noticias – Segunda, 30 Novembro 2015 10:12 – http://www.tjro.jus.br/noticias/item/5587-tjro-e-emeron-realizam-palestra-sobre-governanca-de-ti

Cultura dificulta avanço da gestão de riscos no Brasil

Cultura dificulta avanço da gestão de riscos no Brasil

Segundo especialistas, conceito de empresários sobre o tema atrapalha a preparação para situações extremasMalena Oliveira

A maneira como empresários entendem gestão de riscos e a cultura das companhias são fatores que dificultam avanços quando o assunto é prevenir situações que podem comprometer os negócios. “As empresas no Brasil acreditam que o desastre não vai acontecer. Assim, elas não se preparam”, diz o diretor da Marsh Risk Consulting na América Latina, Roberto Zegarra, que afirma que o conceito é relativamente novo no meio empresarial.

Segundo Zegarra, a definição do empresariado brasileiro para crise está mais atrelada a questões recorrentes e inerentes ao negócio (problemas no fluxo de caixa, por exemplo) do que a eventos que podem matar a companhia (ele cita o caso da mineradora Samarco como exemplo). Segundo o executivo, é nesse último aspecto que a prevenção falha: “A verdadeira crise deixa mortos e feridos e coloca a reputação das empresas em xeque”.

A falta de profissionais qualificados para lidar com esses riscos também trava a evolução desses processos, diz o sócio da consultoria PwC, Jorge Manoel. Ele também considera o bom uso da tecnologia uma questão fundamental para melhorias em gestão de riscos: “A qualidade começa nos recursos humanos. A partir da boa formação, certamente haverá outros bons recursos”, avalia.

Uma pesquisa da Marsh coloca o Brasil atrás de outros países da América Latina nesse aspecto. Enquanto menos da metade das empresas brasileiras consultadas (45%) diz ter uma política de gestão de riscos definida, esse porcentual é de 94% no Equador, 70% na Colômbia e 67% no Peru – os três países considerados mais adiantados. A média ficou em 66%. Participaram do levantamento 369 empresas de 15 países da região.

Entretanto, não há um consenso sobre essa avaliação. Coordenador do MBA em gestão de riscos e compliance da Fecap, Fábio Coimbra de fende: “É preciso levar em conta o quanto os conceitos de gestão de riscos estão claros. Apetite a risco, por exemplo, é uma ideia controversa mesmo entre diretores e conselheiros de empresas”, pondera o especialista.

O Brasil tem exportado conhecimento e mão de obra em gestão de riscos, diz o sócio da consultoria Deloitte, Ronaldo Fragoso, que também discorda da conclusão da pesquisa. “Nós enviamos profissionais daqui para outros países para ajudar as empresas a implementar esses sistemas”. Ele reconhece, porém, que as companhias no País ainda precisam evoluir nesse aspecto: “Muitas vezes, as empresas não conseguem analisar o cenário como um todo.”

Diferenças. Como risco é um conceito que muda de acordo com cada tipo de negócio, não é possível fazer uma avaliação homogênea sobre o quanto as companhias avançaram. “A maior dificuldade é dimensionar esses riscos”, diz Fragoso.

Também há discrepâncias entre empresas que têm ações em bolsa de valores ou não. Sobre as primeiras, as exigências e a fiscalização são mais pesadas.

Um exemplo é a Instrução nº 552 da Comissão de Valores Mobiliários ( CVM),que determina que, a partir deste mês, empresas de capital aberto utilizem um novo padrão para divulgar informações ao mercado, com detalhes mais específicos sobre gestão de riscos. “Esse é um passo importante para mais transparência”, diz Coimbra.

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO – Terça-feira, 05 de janeiro de 2016 | ECONOMIA | B6

“Auditoria do futuro” promove evolução do trabalho do auditor

“Auditoria do futuro” promove evolução do trabalho do auditor

Dois estímulos têm afetado o trabalho da auditoria independente, abrindo caminhos para uma grande mudança. O primeiro vem do mercado em geral. Empresas, reguladores, investidores e a sociedade demandam, cada vez mais, que os auditores sejam mais proativos e prospectivos, incorporando inteligência de negócios e tecnologias às suas obrigações regulamentadas, ultrapassando as usuais análises retroativas de demonstrações financeiras.

O segundo é, ao mesmo tempo, estímulo e um dos caminhos que permitirão um avanço nessa prática. Trata-se da ascensão das tecnologias e do vertiginoso volume de dados disponíveis. Esses dois fatores municiam o auditor com novos recursos para seu trabalho diário, permitindo a ele continuar a apoiar decisões de investimento e diretrizes de governança de forma mais determinante na construção de um ambiente de negócios sólido.

Juntas, essas frentes movem a atuação do auditor para um novo momento, que já vem sendo chamado de auditoria do futuro. “Em suma e na prática, empresas e investidores buscam conclusões mais abalizadas e informativas, que os auxiliem a tomar decisões mais inteligentes. Isso requer investimentos significativos e uma mentalidade mais ousada do que a vista nas auditorias do passado”, diz Edimar Facco, sócio-líder de Auditoria da Deloitte no Brasil. “Eis o paradigma a ser quebrado: o olhar do auditor deve se voltar para o futuro.”

Um estudo elaborado pela Deloitte nos Estados Unidos com 250 agentes investidores, executivos financeiros e membros de comitês de auditoria ajudou a traçar um panorama a respeito de como será a auditoria do futuro. Questionados sobre a partir de onde a auditoria se transformará, os profissionais apontaram três focos: a necessidade de análises mais profundas, mais agilidade e eficiência nas entregas e uma abordagem inovadora do trabalho.

Tecnologia e capacitação

O consenso entre os entrevistados é de que os profissionais avancem no mapeamento das mudanças no cenário econômico e de negócios, adaptando-se mais rapidamente. “Há a demanda de que esse trabalho seja cada vez mais amplo, holístico e inovador”, diz Facco. “Nenhuma evolução, porém, ocorrerá sem considerar dois pontos: tecnologia e capacitação. Essas frentes são a base da abordagem cognitiva que define a prática da auditoria do futuro.”

Inovações tecnológicas, como os conceitos de analytics e de data visualization, além de recursos de business intelligence (BI) serão empregados a favor da auditoria. Do ponto de vista da capacitação, o caminho para o auditor do futuro inclui atualização constante e observância às normas. “Não se tratará de ter mais trabalho, mas de trabalhar melhor a partir de um círculo virtuoso em que se conectam plataformas, soluções, recursos e pessoas”, diz Facco. 

Os 5Is da auditoria do futuro* 

Intelligent Ferramentas e tecnologia levam a experiência da auditoria a um patamar mais elevado.
Intuitive Acessar dados em tempo real torna o processo mais intuitivo e ainda mais transparente.
Informed A execução passa a exigir conhecimentos sobre riscos, regulações, mercados e setores.
Integrated A entrega ultrapassa fronteiras, exigindo também maior interação em um ambiente global.
Insightful Além de fomentar confiança e transparência, também beneficia a tomada de decisões.

*Termos em inglês para inteligente, intuitiva, informada, integrada e esclarecedora.  

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO – Terça-feira, 05 de janeiro de 2016 | ECONOMIA | B6

Crise aumenta busca por transparência

Crise aumenta busca por transparência

Turbulência econômica e Lava Jato aumentam a conscientização do empresariado sobre boas práticas de governança

O reforço da percepção de que é preciso mais transparência nos negócios foi uma das principais lições que o ano de 2015 trouxe para os empresários. As crises na economia e na política e os desdobramentos da Operação Lava Jato deixaram executivos em alerta, aumentar a busca por transparência nas relações com clientes, investidores, fornecedores e governos.

Para Camila Araújo, sócia da consultoria Deloitte, “percebeu- se que, quando há ruído na comunicação, é maior o risco de perda de participação no mercado e da confiança de consumidores e investidores, nacionais e internacionais”. Ela destaca a importância que a comunicação das empresas como mercado e com a sociedade adquiriu em um contexto de piora dos níveis de confiança.

Sócia do escritório Souza,Ceson, Barrieu & Flesch Advogados, Fabíola Cammarota considera a regulamentação da Lei Anticorrupção como o principal avanço: “À medida em que se implementam esses mecanismos, a governança se torna mais relevante”, diz.

Já para Roberto Di Cillo, sócio da Alceris Consulting, a verdadeira revolução foi trazida pela delação premiada, sem a qual não seria possível descobrir os esquemas de corrupção revelados pela Lava Jato: “Centenas de milhões de reais já foram recuperados em tempo recorde, e vale dizer que a um relativo baixo custo”.

Gastos. Os tempos de aperto também mostraram a importância de uma boa gestão do caixa, uma vez que o financiamento se tornou mais caro e, ao mesmo tempo, o nível de endividamento bateu recorde. Presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, Idésio Coelho vê uma mudança na visão quanto aos gastos nos negócios: “O grande legado do ano é justamente essa postura mais atenta a custos e mais exigente no cumprimento das normas, algo que já vinha evoluindo, mas ganhou mais força”.

OPINIÕES DOS LEITORES

Camila Araujo (Delloite) – Cenário desafiador vai deixar saldo positivo

camilaAraujoEmpresas estão mais conscientes da importância de divulgar informações de forma clara, pois é nítido o impacto que os níveis de transparência têm sobre os negócios, seja para o bem, seja para o mal. Percebeu-se que, quando há ruído na comunicação, é maior o risco de perda de participação no mercado e da confiança de consumidores e de investidores. Diversos setores da sociedade estão empenhados em estabelecer um cenário de ética e de transparência para o Brasil, começando pelas empresas, que já estão aprimorando seus processos internos e externos em termos de governança corporativa, pela implementação de instrumentos de conformidade. Com isso, a expectativa é que todos os acontecimentos recentes nos direcionem a um País mais ético.  

Roberto Di Cillo (Alceris Consulting) – A verdadeira revolução no combate à corrupção

robertoCilloPara quem acredita que a grande revolução de 2015 foi causada pela Lei Anticorrupção, essa opinião é significativamente contrária à ideia. Na prática, a Lei n. 12.850/13, que versa sobre colaboração premiada, foi o grande agente de mudança. Embora a colaboração premiada já existisse no direito brasileiro antes de 2013, foi a partir da lei que ela passou a servir como ferramenta no combate à corrupção. Com isso, os custos de investigação e sobretudo recuperação de ativos antes despendidos pelo Estado (e, naturalmente, onerando a sociedade) foram em muito reduzidos. Empresários devem estar atentos às modificações na colaboração premiada, para que as empresas das quais sejam sócios incorporem medidas eficazes que inibam a corrupção, independente de previsão expressa em lei. 

Fabíola Cammarota (Souza, Cescon, Barrieu&Flesch Advogados) – Implementação da Lei Anticorrupção é o maior legado

camilaCamarrotaA melhoria da governança corporativa é um processo constante e que se renova a cada nova norma editada. Trata-se de um processo irreversível e de construção progressiva, não sendo possível sair de um estágio inicial para o avançado de um dia para o outro. Com o aprimoramento do ambiente de negócios e ferramentas de investigação, o País procura seguir tendências mundiais e alcançar um nível de transparência compatível com seu mercado de capitais, ainda menos maduro que os da Europa e dos EUA. Mas à medida que se implementam mecanismos como a Lei Anticorrupção (12.846/2013) e são impostas consequências ao seu cumprimento, a governança passa a ter relevância cada vez maior. A regulamentação da Lei Anticorrupção, garantindo eficácia para sua aplicação e parâmetros claros ao seu alcance, é um dos legados de 2015. 

Edésio Coelho (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) – Empresários aprenderam a reduzir custos para sobreviver

edesioCoelhoO ano de 2015 trouxe lições para os empresários, principalmente em relação à transparência e à redução de custos desnecessários. Com a crise, as empresas passaram a cortar cada vez mais esses gastos em suas operações para preservar sua sobrevivência, seja abrindo mão de negócios que não são atividade principal ou demitindo. Um dos reflexos da Lava Jato foi também um despertar para a ética e para a transparência. As empresas estão cada vez mais atentas a funcionários, fornecedores e prestadores de serviços para evitar irregularidades, o que gera um efeito positivo em todo o mercado. O grande legado é justamente essa postura mais atenta a custos e mais exigente no cumprimento das normas, algo que já vinha evoluindo, mas ganhou ainda mais fôlego. 

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO – Terça-feira, 15 de dezembro de 2015 | ECONOMIA | B5

Eficiência é “chave” para uma companhia superar crise

Eficiência é “chave” para uma companhia superar crise

Especialistas debatem papel da governança para uma empresa atravessar momentos de aperto financeiro.

Em meio à crise econômica no País, companhias têm cortado pessoal para reduzir custos. Diante do aperto financeiro, o mais importante, no entanto, é investir em formas de melhorar a eficiência das operações, apontam especialistas em debate no fórum virtual de governança corporativa, organizado pelo Estado.

“Cortar pessoal é a forma mais simples de reduzir custos, mas não a mais eficiente”, afirma Luiz Edmundo Rosa, diretor da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). “Uma crise é sempre um convite para inovação na gestão da companhia”, completa.

A visão é compartilhada pelo coordenador da Comissão de Governança em Saúde do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Luiz de Luca, que enxerga na governança uma maneira de aprimorar processos e gerar valor.

“A governança ajuda as organizações a implementarem uma sólida estrutura de controle e monitoramento, o que gera eficiência operacional”, afirma.

Diretor da consultoria Accenture Strategy, Mattiew Govier afirma que, para uma companhia ser sustentável, ela deve ter um plano de redução de custos estruturado, principalmente durante crises.

“É preciso descobrir desperdícios de dinheiro, onde há um retorno baixo do que se gasta, e realocar esses recursos num investimento que dê retorno melhor”, defende.

Segundo o presidente executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Jairo Martins, o investimento em produtividade é crucial para empresas.

“O desempenho da organização é medido pela forma como ela utiliza recursos, pelo nível de eficácia e excelência. E produtividade é isso: gerar mais valor com menos recursos”, afirma.

Na visão do diretor de divisão da consultoria Luz, Décio Cunha, empresas brasileiras, porém, têm implementado uma governança “para inglês ver”, visando somente aproveitar o “valor de marketing” que o tema tem no País. “[A governança] é um processo muito mais lento, com resultado no longo prazo.”

OPINIÕES DOS LIDERES

Luiz de Luca (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC))

A eficiência nos processos na saúde gera valor e reduz custos

llAtualmente, a governança corporativa é vista como a nova onda no setor de saúde, que passa por um momento de profissionalização da gestão. Por meio dos seus pilares transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, a governança ajuda empresas a implementarem uma sólida estrutura de controle e monitoramento da gestão, promovendo o melhor relacionamento entre as partes interessadas: societária, prestadora de serviços e comunidade. A maior eficiência na cadeia da saúde tem como consequência a redução de custos e a criação de valor, uma vez que seus processos passam credibilidade ao mercado e se mostram atrativos para uma injeção de capital, que impulsiona o desenvolvimento dessas organizações.

 

Luiz Edmundo Rosa (Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH))

Cortar pessoal não é a forma mais eficiente de reduzir custos

lrUma alternativa para cortar custos sem necessariamente reduzir pessoal é atuar sobre os principais custos de Recursos Humanos, além da própria folha de pagamento. E o segundo maior custo de uma empresa é com assistência médica. Em crises, com a redução dos quadros pelas empresas, a carga de trabalho aumenta de maneira desordenada e as pessoas acabam usando mais os planos médicos, o que faz os custos subirem – hoje, a maior parte do que uma empresa gasta na área da saúde é com planos médicos. Nesse cenário, é preciso investir mais na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Comunicar-se bem com as equipes é mais barato. Falta de comunicação reduz produtividade e não ajuda a resolver conflitos internos. Portanto, cortar pessoal é a forma mais simples de reduzir custos, mas não a mais eficiente.

 

Matthew Govier (Accenture Strategy)

Governança corporativa é  combustível para o crescimento

mgPara ser sustentável, uma empresa deve trabalhar para encontrar áreas onde há desperdício de dinheiro, principalmente em tempos de crise. Esse programa de redução de custos em uma organização precisa ser exequível e estar dentro da cultura de governança da companhia. Quando deixamos para fazer cortes de custos em tempo de vacas magras, o risco é cortar também os bons investimentos, que dão bons frutos. Por isso, é importante não tratar somente o sintoma, fazendo cortes de custos mal planejados, e sim implementar uma nova governança que possibilite otimizações contínuas e sustentáveis. Independente do momento, é importante implementar um modelo que incentive comportamentos frugais e que produza, no curto e no longo prazo, o combustível necessário para investir no crescimento da empresa.

 

Jairo Martins – Fundação Nacional de Qualidade (FNQ)

Uma boa gestão prepara as empresas para tempos de crise

jmQualquer organização, pública ou privada, é responsável por utilizar seus recursos para gerar valor. Seu desempenho é medido por seu nível de eficácia e excelência em utilizar esses recursos. Ter os processos bem desenhados, evitar o desperdício, ter pessoas capacitadas, ter um sólido sistema interno de informação e ter um planejamento estratégico bem feito geram resultado. Quem harmoniza isso é a liderança, através da governança corporativa. O correto em uma empresa é já ter um sistema de gestão implementado para que, em momentos de crise, ela saiba quais pontos atacar. Quem não tem uma boa gestão se perde nessa situação, pois, no momento da retomada, a companhia não terá musculatura para se reerguer.

 

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO – Terça-feira, 22 de setembro de 2015 | ECONOMIA | B9

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